O FIQ, Festival Internacional de Quadrinhos, é o maior evento do gênero no país realizado em Belo Horizonte. Ele é marcado pela presença maçante do público e conta com uma grande quantidade de artistas e editoras de quadrinhos nacionais. O destaque fica para o contato direto com diversos quadrinistas e a troca de experiências não só com o público, mas entre os próprios produtores de HQ. Além disso, o FIQ promove diversas atividades de capacitação para artistas e para o público. Para completar, ainda realiza diversas experiências pedagógicas para todos os visitantes e escolas de BH e região. O último FIQ realizado foi em 2015 e contou com a presença de mais de 80 mil pessoas do Brasil e do mundo. O festival, que possui entrada gratuita, é uma grande oportunidade para mergulhar de cabeça na nona arte!
O FIQ deste ano será a décima edição e vai ser realizado entre os dias 30 de maio e 3 de junho, aproveitando um feriado nacional que será justamente nesses dias. Assim como nos últimos anos, a Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte-MG, é o local deste grande evento. Fizemos um post para você saber tudo sobre o festival deste ano!
Entrevistamos um dos curadores do festival, Daniel Wernëck, que além de ser um dos organizadores do evento, também é quadrinista e estará lançando sua próxima HQ no próprio FIQ no dia 01 de junho. Daniel também é professor de Cinema de Animação na UFMG.
Entrevista
Descontexto: Olá Daniel! O que o público pode esperar de novidades para a décima edição do FIQ neste ano?
Uma boa novidade seria a volta das exposições dentro da Serraria (agora serão 3 no total). Também estamos voltando a ter eventos paralelos durante o período do FIQ, como o Festival de Cinema que vai acontecer no Cine Santa Tereza, e a exposição “Inarredáveis” que já está aberta na Casa Fiat de Cultura.
Descontexto: Como foi o processo de escolha para a homenageada deste ano, Érica Awano? E por que ela foi a escolhida?
Daniel Wernëck: Isso é sempre um longo e extenso debate, nem teria como eu descrever aqui o processo todo. Mas em resumo, nós escolhemos a Érica por ser uma artista muito talentosa que influenciou toda uma geração de quadrinistas, que hoje já estão lançando seus primeiros trabalhos. Ela tem um trabalho muito bonito, reconhecido até no exterior, mas muitos brasileiros ainda não conhecem, então vai ser uma ótima oportunidade para todo mundo visitar a exposição e bater um papo com ela.
Descontexto:Qual a importância do FIQ para o cenário de quadrinhos nacionais?
Daniel Wernëck: O FIQ é um evento muito querido, que os quadrinistas aguardam com ansiedade porque é um enorme encontro social de toda a cena. Vem gente do Brasil inteiro mostrar seus novos trabalhos, fazer contatos, rever amigos. Tem muita gente que faz amigos ou até trabalha em projetos com outros quadrinistas à distância, e só no FIQ é que eles se conhecem pessoalmente. É muito diferente de uma feira comercial onde o foco é apenas nas vendas; no FIQ o pessoal fica mais à vontade para conversar, trocar idéias, tramar novos projetos. Tem muitos encontros de editores com artistas, fãs e jornalistas. E é um evento focado apenas em quadrinhos, algo que é muito raro no mundo todo.
Descontexto: Quais são as atuais dificuldades de um quadrinista no Brasil?
Agradecemos muito pela entrevista, Daniel! Como você puderam ver, o FIQ deste ano está imperdível! Por isso, não deixem de passar na Serraria Souza Pinto, que fica na Avenida Assis Chateaubriand, 809, Centro – Belo Horizonte/MG entre os dias 30 de maio e 3 de junho. Lembrando que mais uma vez que a entrada é gratuita e você terá a oportunidade de conhecer o que o Brasil e o mundo estão produzindo de quadrinhos atualmente. Não percam!